Capitulo II - Olá Terra

Capitulo I                                                                                     Capitulo III



Os olhos do mundo estavam virados ao estranho objeto flutuante do Pacífico, e uma mensagem em inglês foi trasmitida em todos os veículos de comunicação terrestre.

"Olá, Planeta Terra!" estampavam todos os noticiários terrestres. Os humanos em Marte ouviam aquela voz com um certo sotaque, falada de forma um pouco pausada, praticamente sem acreditar.

-Têm certeza que aquilo não é humano
? Quero dizer, mesmo que seja alienigena, como sabem nosso idioma? - Questiona um Frey Holz, um dos humanos nascidos em Marte, em uma conversa entre sua equipe em Kadmos.

-Olha Frey, eu não sei, mas não acho que com todo o sistema de comunicação, satélites espiões e forças de inteligência global alguem conseguiria pregar uma pegadinha dessas em tanta gente. Olha só pra nós. Estamos a mais de 0,4 UA (unidades atronômicas - 1UA distância média entre a Terra e o Sol) da Terra e não falamos em outra coisa - responde o Comandande de Kadmos, 
Alexander Smith.

-É, tem razão... Caramba, que aflição!!! - Completa Carlos Ferreira, um dos melhores amigos de Frey, e também o mais jovem terrestre em Marte.

A mensagem se cessou apenas nas três palavras, mas foram o bastante para que as autoridades entendessem: Eles estavam aqui para conversar.

Rapidamente os líderes mundiais se juntaram em New York para tomarem as decisões, além de discutirem todos os assuntos que englobavam a situação.

Após algumas horas de reunião, já tinham um plano de contato com a nave, e uma equipe ja pronta caso algo de ruim acontecesse.

-Vamos convocar um pequeno grupo militar para verificar o perímetro e nos defender, caso sejam uma ameaça. Enviaremos também dois cientistas que serão escolhidos por uma votação interna, e agentes dos governos que se voluntariarem. - Proununciou-se Anja Boye, líder das Nações Unidas.

-E lembem-se, mantenham seus exércitos em alerta máximo - Completa Anja.

Então assim foi decidido. Dois cientistas foram escolhidos entre um grupo de 147 voluntários dentre vários paises membros das Nações Unidas. Os cientistas escolhidos foram o alemão Klaus Bloch e o australiano Edward Richman. Eles embarcaram o mais rápido possivel para a Antartida, de onde seguiriam com alguns homens do exército Suiço. A operação seria comanda pelo chefe do exército suiço, Adam Berg, também presente na sede das Nações Unidas em New York.

Enquanto isso, uma outra reunião era feita secretamente em Washington D.C.

Membros poderosos e ricos de várias organizações globais estudavam todas as hipóteses sobre uma possivel invasão alienigena, e como fariam para sobreviverem. Estes humanos comandavam empresas de alimentos, empresas fortes de mídia e também tinham influência nas agências espaciais, tinham satélites próprios, uma rede de influência em varios governos ao redor do globo. Eram tão poderosos quanto países inteiros. Nesta data nascia a organização Arise.

Mais uma vez os olhos voltados à Antartida. O mundo todo acompanhava a operação de reconhecimento e possível primeiro contato entre humanos e aliens.

O grupo de militares com os dois cientistas se aproximavam de helicóptero da nave, apelidada de Ouroboros pelos cientistas da Antartida, pois a nave negra lembrava uma serpente mordendo a própria cauda. O ar estava muito gelado, afinal, estavam sobrevoando à uma altitude de nove mil metros. O comboio era composto por 6 helicópteros com capacidade para 20 passageiros, e um grupo náutico reforçava pelo mar.

Cada vez mais próximos de Ouroboros, o silêncio nos helicópteros ia tomando conta, até que finalmente chegaram bem próximos à nave. Parecia estar vazia. Nenhum movimento, nenhum som.

-Minha nossa! Isso é mais apavorante do que eu tinha imaginado. - Diz Edward.

Os soldados continuavam calados e atentos à quaquer alteração no comportamento da nave. Até que finalmente a aflição acabou.

-Senhor, algo está acontecendo na nave! - Grita o co-piloto do helicóptero lider.

-Parece uma abertura na parte de dentro da circunferência da nave. acho que é uma especie de entrada. Aguardo ordens para prosseguir, senhor. - Confirma o Piloto ao lider da operação, Adam Berg.


-E então, posso mandarem prosseguir, ou alguém tem algo a dizer antes? - Diz Adam, com uma voz calma, como a de alguém que realmente sabia o que estava fazendo.
Após um silêncio de alguns segundos, Anja confirma à Adam, e a ordem é dada.

-Podem prosseguir!

Os soldados estavam nervosos, impacientes, afinal de contas, estão na misão mais arriscada de suas vidas. Tudo o que o cinema e os livros de ficção cientificas já criaram estavam os atormentando nesse momento. "Será que são alienigenas do bem
? Será que iremos morrer? O que vai acontecer conosco?".
-Confirmado, algo aconteceu em Ouroboros. - Relata um jornal global.

O caos começa a surgir nas ruas de várias cidades, antes mesmo de uma resposta sobre Ouroboros ser dada. As pessoas estavam tão nervosas e impacientes quanto os soldados enviados à nave. Pessoas asteavam bandeiras e cartazes para que cancelassem a operação. A internet não falava em outra coisa. Pessoas já se organizavam para o pior, estocando comida e água. O caos nas ruas era inevitavel.

-Preparem-se para aproximação, pessoal. Estamos entrando! - Diz o piloto do helicóptero na dianteira.

-Deus nos proteja - Sussurra um soldado.

Ao entrarem na nave, uma surpresa. Eles haviam entrado em uma sala totalmente vazia, fechada por 3 paredes de metal e a porta atrás deles se fechou, impedindo a entrada dos outros helicópteros. Os soldados foram saindo de um em um para checarem o perimetro. Em seguida, saíram os cientistas.

-E agora
? - Sussurra um soldado ao seu capitão.
-Shhh... Silêncio, soldado! - responde o capitão.

Uma pequena abertura surgiu ao fundo da sala. Uma luz forte cegava todo o grupo. Os óculos de seus capacetes foram ativados, e com ele puderam ver uma pessoa saindo pela porta.

-Mas o que
? Uma pessoa esta se aproximando de nós, capitão.
-É o que parece, mas não baixem a guarda.

-Sim senhor!

A porta se fecha, e então todos podem ver. É um cientista usando roupas do 
Instituto Tecnológica Antartico

-Quem é você
? - Grita o capitão.
-Relaxa Capitão, sou um humano como vocês. - Responde o homem misterioso.

-Por que acha que estou com uma roupa do AIT? Sou um pesquisador de lá. Meu nome é Marcos Oliveira. Sou brasileiro e fui trazido para cá por uma espécie de drone. Eu acho que fui o primeiro humano à ver esta nave. Fiquei curioso e acho que me aproximei demais, então quando percebi, um tipo de drone com garras articuladas me pegou.


-Eles? Quem são eles? Eles fizeram alguma coisa com você? - Questiona o capitão.


-Bem, eles simplesmente me trouxeram pra cá, me fizeram entrar numa espécie de tanque vazio. Uma luz varreu meu corpo todo, acho que estavam me estudando. E estou aqui até agora. A nave esta inabitada, vazia. Sou o único aqui. Porém, eles apareceram pra mim durante a inspeção, através de imagens no vidro do tanque. Eles não são humanos, quero dizer, claro que não, mas...hummm, como posso explicar... Bom, meu ponto é: Eles não são tão diferentes de nós. Eles parecem ter dois braços, duas pernas e uma pele um pouco com o que parecem ser escamas. Não pude entender o idioma deles, mas parecia ter padrões, como o nosso idioma. Os olhos eram na lateral da cabeça, possuiam, possuiam orifícios no centro da face, acho que talvez possa ser um nariz, e a boca aparenta ter poucos dentes. Não me fizeram mal algum. Não pude registra-los com minhas lentes, pois algo interferiu nos meus equipamentos.


-Ok. Vamos te levar conosco quando formos sair. Senhor Klaus e senhor Edward, por favor, fiquem próximos. Nós vamos dar uma boa olhada por aqui.


Os soldados começaram a vasculhar a nave atrás de mais informações sobre os "invasores" enquanto o capitão tentava um contato com seus superiores nas Nações Unidas. Sem sucesso na comunicação, ele ordenou que coletassem o máximo de informações em imagens possiveis.

A nave parecia um labirinto. Cada porta aberta levava a várias outras portas. As equipes ja haviam cobrido mais da metade da nave quando algo novo surge de uma das portas.

-Capitão, o senhor não vai acreditar nisso - reporta um soldado através do radio.

-O que aconteceu, soldado
?

-Encontramos um novo Professor Marcos. Tomem cuidado com o que esta com voces, não sabemos o que está acontecendo.

-Entendido, soldado. Ei, Marcos, venha cá!

O capitão imobilizou um dos Marcos que estava com ele, por segurança, e o interrogou.

-Quem é você e o que aconteceu aqui
? Por que diabos existe outro igual a você em outro lugar desta nave?... ME RESPONDA! - esbravejou o capitão.

-Eu não tenho idéia de como isso é possivel. A única coisa que eu fiz aqui dentro foi entrar numa espécie de tanque de vidro. O mesmo drone que me trouxe me colocou dentro do tanque, e mesmo assim, eu não senti nada de diferente... tem que acreditar em mim.

Enquanto o capitão buscava respostas, a equipe encarav uma série de equipamentos estranhos, algumas luzes piscando em uns painéis verticais ao lado de uma parede de vidro que os separava de alguém semelhante à Marcos.

-Parece que está acordado. Esta coberto por um tipo de capa. Está respirando, mas mantem os olhos fixos em nós mas não responde à nenhum estimulo de sinal nosso, capitão. Não sei se este é o verdadeiro, ou se for, acho que algo aconteceu com sua mente... É assustador - Reporta um dos soldados.

-Entendido. Tomem cuidado e não hesitem em atirar. Algo me diz que este aqui é o verdadeiro - responde o capitão.

Os soldados continuam a vasculhar a sala, e quando menos esperam, uma voz vem de trás do vidro.

-Olá.

Uma única palavra foi capaz de colocar todos os soldados em posição de alerta total. A figura de Marcos atrás do vidro se movia com uma certa dificuldade, e parecia estudar cada movimento antes de executá-lo.

-Capitão, o alvo se moveu. E o mais sinistro de tudo, ele nos saudou com um olá!


-Não atirem, por favor! Sou uma cópia de Marcos. Precisavamos de uma cópia de um humano para que fosse possivel a comunicação entre nossas raças. Sou o que voces chamam de Clone.

Após essas palavras ficou claro que o verdadeiro Marcos estava com o capitão, e o que os soldados encaravam era um clone. As palavras vinham com uma certa dificuldade, mas eram bem pronunciadas.


-Você consegue nos entender? - Pergunta um dos soldados mais calmos daquela situação.

-Entendo perfeitamente. Mas não estava esperando que os criados viessem até aqui. Confesso estar decepcionado. Onde estão os seus mestres
? - responde o clone pausadamente.

-Ow, ow ow... Vamos com calma. Primeiro você ira nos responder alguma perguntas, ok
?

-Sem problemas. O que querem saber
?

-Por que não vieram pessoalmente
?
-Questão de segurança. Ainda não confiamos em vocês.

-Fala sério
?!... E quem são vocês, de onde vêm e o por que vieram até aqui?

-Somos a raça alfa de uma planeta ainda não descoberto por seu povo, e viemos, do que voces chamam de, constelão de Centauro. O que queremos é, apenas, ajudar seu planeta a prosperar... E então
? Vão me levar aos seus mestres ou não?


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