Capitulo III - Zwei

Capitulo II                                                                                     Capitulo IV



[7:32p.m, sede das Nações Unidas, New York]

Algumas horas mais tarde. Todas as informações encontradas em Ouroboros estavam sendo mantidas em segredo da população, principalmente o fato de terem encontrado um clone humano.


-Então quer dizer que temos um clone em um de nossas fortalezas na Antartida querendo falar conosco? O que vocês acham? Devemos traze-lo até nós? - Anja parecia não confiar nenhum pouco no clone, mas deixou a decisão a ser votada.

-Faremos uma votação, primeiro, se iremos aceitar a proposta deste suposto clone. Mandaremos algum médico examiná-lo e então enviaremos alguém de nossa confiaça até ele, já que ele não nos conhece. Alguém tem algo a dizer antes de começarmos a votação
? - diz Anja sob o olhar atento de todos os membros presentes.

-Eu! Eu tenho algo a dizer - Diz Jiang Wei, chefe de estado Chinês.

-Acho que devemos mantê-lo em nossa mais segura prisão, na Sibéria. Lá poderemos interroga-lo sem que algum sinal eletromagnético, ou qualquer pedido de ajuda que o clone possa enviar, seja enviado para fora da Terra.

-Isso é um absurdo. Não conhecemos a tecnologia que estes aliens possuem. Pelo amor de deus, eles clonaram um homem em algumas horas. Isso já é prova o suficiente de que eles são muito mais avançados do que nós... Eles também tem a vantagem de não estarem pessoalmente por perto, e foram espertos o suficiente para nos enviarem um clone, insignificante. mesmo que matemos o clone, eles ainda estão nos observando e podem atacar caso façamos algo do tipo - Retruca em um tom rude, Ahmad Ismail, chefe da Liga Árabe.

-Concordo com o Sr Ismail. Vamos prosseguir com o plano inicial, ok
? Mais alguém tem sugestões? - Diz Anja.

-Então podemos seguir em frente com o combinado. Mandem que Klaus e Edward examinem esse tal clone, e nos mantenham informados a cada 15 minutos.

-Sugiro que mantenham o verdadeiro professor Marcos sob custódia, até termos certeza de que ele é realmente quem diz ser, e que não há nada de errado com ele, senhorita Anja, pois não estamos em uma situação em que podemos correr este risco - Opina o presidente Russo.

-Entendo perfeitamente, senhor presidente, e esta atitude ja está sendo tomada. Enquanto conversamos, os soldados o mantem sob custódia em um dos prédios da AIT, com a segurança do exército suiço - diz Anja.

As ordens foram dadas. As instalações da AIT agora estavam vazias. Apenas uma pequena sala no prédio de testes em cobaias estava com as luzes acesas. Lá estavam Klaus, Edward e mais quatro soldados fortemente armados. Ao lado de fora da sala, estavam outros 15 soldados fazendo a segurança da sala. Isso sem contar os inúmeros helicópteros rodeando o espaço aéreo Antartico.

Dentro da sala, Klaus iniciava o assunto.

-Então, clone. Como podemos chamá-lo
?

-Podem me chamar do que acharem melhor. Não possuo nome e não sou controlado por ninguém.

-Entendo. O chamaremos de Zwei. Significa dois em Alemão. Tudo bem se o chamarmos assim?

-Perfeitamente, professor Klaus.

-Muito bem. Você pode me responder algumas perguntas
?

-Eu prefero conversar diretamente com seus líderes. Eles podem fazer as perguntas que acharem necessárias.

-Olha, Zwei. Eu fui encarregado de representar todos os líderes neste encontro inicial, portanto, seja bonzinho e responda minhas perguntas, sim
?!

-Ok. Farei o que manda, Klaus.

-Ótimo. Primeira pergunta. Quem te criou e porquê
?

-Já lhe respondi esta pergunta enquanto estavamos na nave. Sou um mero tradutor.

-Como encontraram a Terra?

-A raça dos meus mestres tem uma tecnologia espacial muito avançada, mas usa o mesmo princípio que vocês para encontrarem planetas em outras estrelas. Usam o espectógrafo e fazem análise sobre os elementos que compõem a estrela. Se ela for favorável à vida, eles fazem outros testes, como por exemplo analisando as variações de luz que a estrela emite e variações em sua gravidade. Se algo esta entre a estrela e o observador, percebe-se pela variação de luz ou na gravidade da região que está sob observação. E no caso da Terra foi ainda mais simples. Eles simplesmente recebram sinais de ondas eletromagnéticas de transmissões feitas no meio do século XX.

-É, faz sentido. Agora me fale sobre seus criadores.

-Vocês não precisam saber muito sobre eles. Eles são o máximo que a evolução alcançou até os dias de hoje no planeta deles.

-E onde fica esse planeta. Como é a vida lá
?

-A vida chegou lá provavelmente da mesma forma que aqui na sua Terra. Começaram com micro-organismos unicelulares, foram evoluindo e se desenvolvendo... se adaptaram as variações em que o planeta sofria. Ao final de 4 bilhões de anos, atingiram o nível em que estão hoje. Porém, o planeta se difere em muitas caracteristicas. Vocês orbitam uma estrela amarela, de poucos bilhoes de anos. Já o planeta de meus mestres orbita uma estrela como a de vocês, porem quase três vezes maior. Por conta disso, o planeta fica há uma distancia equivalente a de Jupiter com o sol. O planeta possui seis luas, e é quatro vezes e meia maior que a Terra. A vida é bem diversa, e possuimos dois oceanos separados compeltamente por continentes. As temperaturas variam entre -143 C e 76 C. A translaçao demora o equivalente a 3 anos terrestre, e a rotação à 1,4 dias terrestre.

-E quanto ao seus mestres. Me fale deles.

-Bom, eles não como vocês humanos. Andam sobre duas patas, possuem dois braços... Mas eles possuem três olhos, dois bem posicionados nas laterais do crânio e um menor no centro. Possuem uma pele como escamas na superfície da pele, o que os torna impermeáveis. Possuem mãos como a suas, porém com dois dedos a mais e com aderência nas pontas. São mais altos que os humanos, e mais fortes também. Talvez vocês possam achar que se assemelham à repteis, pela forma do crânio e pelo fato de terem escamas, mas o sangue não são ectotérmicos, ou seja, não variam a temperatura do corpo através do ambiente.

-Caramba, nossa visão de como seriam aliens é bem diferente dessa realidade. Quero dizer, nos filmes os aliens sempre foram tratados como seres totalmente estranhos.

-Entendo seu ponto, Klaus, mas vocês ainda não entendem. A vida segue um certo padrão. Vocês não foram os primeiros que meus mestres encontraram na imensidão do espaço. Meus mestres já encontraram outras formas de vida ao redor de outras etsrelas da Via Lactea. Todas elas seguiam um padrão. Olhe para a sua diversidade aqui na Terra. Vocês possuem tantas espécies diferentes, mas todos os grupos de animais seguem o mesmo padrão. A maioria dos mamíferos surgem como quadrupedes, etc, etc. 


-Fascinante! Por favor, agora me me responda, você disse que vieram nos ajudar a prosperar
? O que quis dizer com isso?

-É bem simples. Seu planeta está ruindo aos poucos. Vocês têm mais bocas para alimentar do que terras para produzir. Vocês têm muita água mas não sabem utilizá-la.

-E como vocês farão para nos ajudar
?

-É simples. Me leve até seus líderes e então eu os direi. Não temam, se os quisessemos mortos, já estariam.

Então, Klaus se vira a Edward e diz:

-Transmitiu isso, Ed
?

-Transmiti... Mas ninguém disse nada ainda.

Edward, assim como a maioria dos humanos, possui uma prótese ocular, responsável por informar ao usuário sobre informações vitais de seu corpo, e capaz de registrar imagens que são capturadas pela pupila.

[De volta a New York]

-Aquilo foi uma ameaça
? - Grita um dos líderes presente na reunião.

-Não seja tolo, se esses tais aliens nos encontraram e conseguiram fazer um clone humano em menos de horas concerteza podem nos destruir facilmente. Mesmo se for uma ameaça, não acho que temos muita escolha - Retruca outro membro.


Todos se olham e cochicham uns com os outros. Uma parte parece ter medo do tal clone. Outra parte parece não ver outra alternativa. Mas o que o fato é que ninguém sabe o que pode acontecer.

-Pessoal! Pessoal! Façam silêncio por um momento e me escutem. Este tal Zwei não dará informação nenhuma aos nossos pesquisadores, nem sob tortura. Ele é apenas uma ferramenta dos aliens. Sugiro uma estratégia para podermos nos encontrarmos com ele em segurança.... E então? Aceitaremos nos encontrar com este clone? - Diz Anja, frente a todos.

A conversa paralela continua, e após alguns minutos, até que alguem sugere uma video-conferência, com total sigilo até mesmo dos pesquisadores e soldados.

-Não sabemos o que ele tem a nos oferecer. Talvez seja uma coisa boa - argumenta um dos presentes.

-É, tem razão. Vamos informar Klaus sobre nossa decisão e lidar com isso o quanto antes.

A mensagem foi passada à Ed, que prontamente a repassou à Klaus.

-Muito bem, Zwei. Você nos convenceu. Terá sua conversa com nossos líderes, mas não será pessoalmente. Espero que não se importe.

-Ótimo. Não faz diferença pra mim. A diferença será em quem ira ouvir o que tenho a dizer.

Klaus olha assustado à Ed, que o retorna o mesmo olhar. Saem da sala quietos, mas antes, deixam um transmissor via satélite na mesa. A conversa iria começar.


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